Morcego-de-ferradura-pequeno

Nome comum: Morcego-de-ferradura-pequeno
Nome científico: Rhinolophus hipposideros (Bechstein, 1800)




O morcego-de-ferradura-pequeno é a menor espécie do género Rhinolophus da Europa. O corpo mede cerca de 41 mm de comprimento, a cauda tem aproximadamente 28 mm e pesa entre 4 e 7g. O pelo é castanho-acinzentado muito pálido, com extremidades muito mais escuras no dorso. As membranas são mais escuras que o pelo dorsal. Tal como o morcego-de-ferradura-grande, em repouso esta espécie envolve-se completamente nas membranas alares.

A alimentação consiste essencialmente em pequenos insetos como típulas, borboletas noturnas e mosquitos. Possui um voo muito ágil, o que torna possível a alimentação muito próxima da vegetação, por vezes em zonas de folhagem densa. O alimento é quase exclusivamente capturado em voo, podendo no entanto apanhar as presas pousadas em pedras, ramos ou folhas. Caça em áreas florestadas, zonas agrícolas e de matos, ao longo de galerias arbóreas ripícolas ou mesmo sobre massas de água.

A maturidade sexual das fêmeas e machos é atingida no primeiro ano de idade. Os nascimentos ocorrem em junho, com apenas uma cria a nascer por fêmea.

O morcego-de-ferradura-pequeno não é uma espécie exclusivamente cavernícola, podendo criar tanto em edifícios (casas abandonadas, caves, sótãos) como em minas e grutas. No geral hiberna em abrigos subterrâneos. O morcego-de-ferradura-pequeno encontra-se mais frequentemente isolado do que em grandes grupos, no entanto, durante a época de maternidade, forma colónias de criação com dezenas, ou mesmo centenas, de indivíduos.




Esta espécie tem uma longevidade média de 4 anos, tendo sido registada uma longevidade máxima de 21 anos.

O Morcego-de-ferradura-pequeno, em Portugal, possui um estatuto de ameaça: Vulnerável.


Referências Bibliográficas
CABRAL M.J. (Coord.), ALMEIDA J., ALMEIDA P.R., DELLINGER T., FERRAND DE ALMEIDA N., OLIVEIRA M.E., PALMEIRIM J.M., QUEIROZ A.I., ROGADO L. & SANTOS-REIS M. (eds.) (2006): Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservação da Natureza, Assírio & Alvim, Lisboa.
DIETZ C., von HELVERSEN O. & NILL D. (2009): Bats of Britain, Europe & Northwest Africa. A & C Black Publishers, London.
Palmeirim J.M., Rodrigues L., Rainho A. & Ramos M.J. (1999) Chiroptera. Pp 41-95. In: Mamíferos terrestres de Portugal Continental, Açores e Madeira. Instituto da Conservação da Natureza & Centro de Biologia Ambiental (Eds.). Lisboa.